Meu amor por aquela moça já não cabe no peito, é algo que eu e meu coração e todo o meu corpo, não conseguimos explicar, me faz tão bem! Ela é minha manhã, minha tarde e toda minha noite, ela é o meu dia, com sol ou com frio. Não vejo mais se quer um motivo para não olhar ela, naquela janela, dos meus sonhos e dos meus encantos, na janela onde eu a conheci, onde por ela eu me encantei, e como bobo, loucamente me apaixonei.
Faz dias que não a vejo, esteve a trabalha na Itália, realizando um grande sonho. Hoje, caiu uma chuva de verão por aqui, e quando eu olhei para a janela, lembrando do dia de chuva que eu a vi chorar pela primeira vez, enxerguei o seu rosto e toda aquela sintonia que ela tinha junto aos raios de sol. O arco-iris que surgiu quando o sol voltou pro seu lugar no céu, eu comparei ao rosto dela, ao corpo, e a cada detalhe daquela beleza, que eu não consigo esquecer.
Era uma alegria infantil que eu sentia, como aquelas de criança, de menino quando enxerga a menina da sala do lado, por quem ele suspira de amores. Ela voltou, voltou trazendo a poesia para os meus olhos. Acenou, com a delicadeza que sempre tivera, e que me encanta, me amolece cada vez mais.
Acho graça da minha forma de ser, o homem que nunca acreditou em grandes e verdadeiros amores, hoje vive e sente um amor irreal, destes que nem nos livros os autores colocam mais. Ah, essa moça que eu amo, mas que quase me mata pela discrição quem tem. Prefere não demonstrar sentimentos, contar sobre os amores passados, falar coisas no meu ouvido, diz ter medo de sofrer. Direito total dela, mas medo que eu a faça sofrer, logo eu que tanto já sofri por ela, e por seus mistérios. Não sei fazer mal a nenhum bicho nojento, imaginem a ela, que eu amo e quero ter na minha vida, todos os dias, cada vez mais e mais.
Emanuelle Freitas