Depois de dias de saudade, a bela moça rendeu-se aos encantos do jovem cantor, que ofereceu-lhe versos, trocou caricias, e novamente, fez juras intermináveis. Ela sabe o sentido de render-se, e ele incrivelmente também sabia. Ele desconhecia verdades, desconhecia também tudo que era real, assim como ela. Se perdiam em olhares, em desejos, não pretendiam tão cedo saber o que o destino lhes esperava. Em outro paraíso, uma bela flor, acabara de desabrochar. Esta flor trazia consigo uma missão, mais intensa e difícil, impossível de ser transportada por outro ser. A moça lembrava o real sentido do amor, pensou tanto em outras coisas, em outros projetos e planos, que esqueceu o quão bom era ter aquele aperto no coração, o frio na barriga, a pela lentamente arrepiando, sem que ela precisasse fazer algum esforço. Então, decidiu se desfazer dos velhos e importantes planos, afinal de contas, o que seria de uma fada, de uma flor ou de uma linda mulher, sem um sorriso apaixonado no rosto. Depois de tantos dias de sol, na beira do rio, rendeu-se mais uma vez, aos segredos imaginários de um amor qualquer, qualquer amor que a fizesse amar.
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