quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Amor, uma vez só


 A chuva fina, agora escorre pelas janelas velhas daquele galpão
Onde em silêncio dois corações apaixonados se amam
 E a própria gota da chuva desenha o que aquele lugar esconde.
Amor.
Algo inexplicável que muitas vezes a gente só conhece uma vez
E de um jeito que aqueles dois enamorados talvez nunca mais sintam
Com uma intensidade feroz, coisa de quem não amanhã
Desejo de ter, de sentir e de existir para outra pessoa
A emoção mais incrível que alguém pode sentir
Mais algumas horas se passam e lentamente o galpão se acalma
E num suspirar profundo pode se ver que alguém ali, amou.

O Amor que não acaba


       Talvez aquele príncipe não seja tão encantado assim, e mais uma vez os sonhos inocentes daquela moça da janela tenham se perdido, se confundido para nunca mais serem os mesmos. Talvez tenha sido só um tempo bom, um começo bom, coisas boas e incríveis que acontecem só para que um dia a gente diga que aconteceu em nossas vidas.
       A moça mais uma vez sonhou, e acreditou que tudo era verdadeiro, inacabável e que para sempre as coisas seriam assim. Simples, sofrer não é bem a palavra correta, usaremos o termo ‘decepção’. Sim, quando acreditamos demais em um amor, idolatramos ele de tal maneira que dói, dói o amor por ser bonito, por fazer sentir e por fazer sorrir.
         De qualquer forma, acabando ou continuando, não será do mesmo jeito, o coração perdeu as esperanças, e a moça não quer mais acreditar em um futuro próspero e feliz. Ela vai viver, simplesmente continuar vivendo ao lado dele, não será capaz de magoá-lo de maneira alguma, apenas será diferente, talvez um tanto triste, porque a confiança acabou.
                Mas nem por isso, toda a poesia que existe num coração que um dia foi feliz acaba. Ela permanece ali, intacta, para que um seja acordada, por um novo amor, ou até mesmo por aquele amor que mudou o rumo da história.
                E agora, vamos sonhar com o amanhã, sonhar com o mais belo e lindo de todos os amores, vamos sentir, amar, viver. Esquecer que um dia a moça acreditou, a moça amou e a moça entregou o coração que não era feito para machucar. A moça vai viver sem sonhar, sem sonhar apenas com aquele amor.

P.S A Moça da Janela ao Lado