quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ainda tenho no meu peito muita saudade ♪


ANTIGAMENTE

Hoje, diferente dos outros dias, me peguei lembrando da infância, mas aquelas lembranças enroladas com saudade. O tempo amanheceu feio, escuro, quase chovendo, e eu lembrei das inúmeras tardes que minha responsabilidade era apenas estudar. Todos os dias de chuva, com charme e denguinho, fazendo um beicinho pra mãe ou pro pai, eu conseguia inverter as situações e faltar a aula. E a programação era certa. Bolo e pipoca na casa da vó,  filmezinho com a mãe, ou passei para ver o ‘grande’ movimento na praia com o pai. Naquele tempo, eu ainda era filha única, e todos os carinhos eram reservados a princesinha da casa.
Me permiti perceber o quanto incrível são essas sensações, e o quanto nós não valorizamos estas atitudes, estes tempos e momentos dedicados a nós, com o maior  e mais verdadeiro amor. Depois que a gente ‘cresce’, a gente percebe que falta faz um carinho assim. A gente percebe o quão diferente seria se pudéssemos nos desligar do trabalho, da vida pessoal, da escola, pra repetir estes momentos. Percebemos a importância que tem nas nossas vidas cada gesto e cada atitude. A vó que mora longe, a outra vó que já não pode se dedicar só pra gente, os vôs que nos deixaram e que nos guiam lá do céu. A mãe e o pai, que tem mais duas mocinhas na volta, pra dedicar todas estas coisas também.
Agora nos resta recordar e preservar estas lembranças, pois um dia vai ser a nossa vez de repeti-las, com os filhos, os netos ou os sobrinhos. Vale hoje, manter em nossos pensamentos, que todas estas lembranças se incluem no nosso crescimento, no amadurecimento pessoal de cada um. Foi o bolinho de chuva, foi o café com leite condensado, foi a ‘cueca’ frita.. Foi um carinho, e é o amor!

Emanuelle Freitas

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