Para o Eduardo..
E num gesto impulsionado, permiti ao meu destino viver de amor, sem poder, sem nem querer, com medo de sofrer e receio de machucar. Já havia usado tantas vezes o verbo ‘tentar’, que hoje me vinha como insulto uma proposta destas. Mas a gente não entende bem o curso das águas nem a direção dos ventos, mas opina e da um chute de olhos fechados, e não é que muitas vezes acertando. Num dia qualquer do agosto passado, com chuva ou com sol, com sono ou com vontade de dançar, um comprimento e um elogio te proporcionam uma mudança drástica e efervescente nos teus desejos mais ocultos.
E permite retribuições, e aceita sorrisos e devolve olhares, desconsiderando qualquer arrepio ou aceleramento nas batidas de um coração, que outrora já nem existia. Dos sonhos uma ocasião insonhada aumenta os graus, os pontos, as notas ou qualquer outra numeração ou classificação existente, e tudo enfim, parece estar se ajeitando. Mas um surto psicótico te atropela e te enlouquece e ... NÃO, talvez eu ainda não esteja preparada, talvez eu nem tenha desejado tanto assim, talvez eu, talvez nós. E sobe inesperadamente por entre as paredes da minha alma inúmeras interrogações, mágoas e lembranças de um passado que jamais irá ocupar outro lugar a não ser ‘passado’.
A insistência positiva, as lutas de ‘não à desistência’, os olhos de uma cor indecifrável, e um perfume mágico, que fixa no corpo da moça da janela, e provas de que não brincas, e que tudo é tão sério, (como os seguranças da Praça dos Três Poderes). Aos poucos a gente sem perceber acaba cedendo, e achando graça com tudo que rima com amor, e deixando rolar e ficando feliz, e fazendo bem pro ‘bem’. E quando dizem que é bom quando tudo é mais fácil, discordo, o bom é achar que é o que não é, e correr atrás de algo que se nega a brilhar diante dos nossos olhos, E não é classe social, formação profissional, idade ou medo que vai proibir o destino de te contar pra que lado deves caminhar e seguir caminhando. Os monstros que te assombraram certa vez, quando na infância temia durmir, reaparecem, trazendo insegurança de passar em uma corda, suspensa a uns seis metros de olhos fechados.
Eu permiti fechar os olhos e caminhar sobre esta corda, eu permiti sorris diante da chuva ou tempestade, me permiti usar a palavra ‘tentar’ novamente, me permiti esquecer um passado que nada de bom me deixou , me permiti chorar, sofrer, ao menos qualquer coisa dando errada usaria sem pudor a afirmação elogiável, ‘tentei’. O teu sorriso me trouxe a paz que só nas minhas orações eu encontrava, teus carinhos saravam qualquer dor, minha alma, meu sexto-sentido feminino, minhas intuições e mistérios se mesclavam as confidências sonhadas por ti, existentes no teu mais profundo pensamento. Hoje sinto um refresco inigualável em mim, e minhas noites são silentes e encantadoras e meus dias são todos exuberantes e cada pedra, cada folha que cai fora da época, o gatinho que brinca com a lã, o passarinho, eu e tu, tudo é encantador.
Eu aprendi que me permitir viver um amor para esquecer o outro é pura besteira, vão ser as coisas, as decepções e tristezas que vão guardando aos poucos aquele sentimento à chave. Aprendi que não se rejeita uma oportunidade de ‘tentar’ ser feliz, por medo ou receio, e que muito menos se desacretida do que falam simplesmente por quem fala carregar consigo um ótimo bom humor. E por tudo que me permiti e acreditei, hoje não temos mais nada, hoje eu tenho alguém ao meu lado pra acreditar no meu potencial, alguém que torce pra que meus projetos dêem certo e eu pra qu todos is planos aconteçam com sucesso. Eu tenho ao meu lado alguém que mesmo longe é uma ótima companhia e que cada dia mais as coisas que a gente talvez nunca pensou que estivesse ao nosso alcance, está e chega de mansinho.
Eu tenho um bem que me faz muito bem.. obrigada flor do maracujá.
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