Violeta cantarolava como as outras naquele jardim, esperando que algum viajante passasse por lá, contando novidades ou 'causos' de um lugar distante. Sabia que esperava mais da lua, pois ela trazia noticias no seu amado, que vivia lá para as bandas da serra. Era poeta, violeiro, de vez em quando até lhe escrevia algum versinho, mas o que era bonito naquele moço, eram os olhos. O poeta, era viajante, como estes que passavam por ali, espalhando noticias. Violeta espera noites e dias, intermináveis instantes, em que ele por lá chegasse, e nunca mais a abandonasse. Certo dia, a linda flor se cansou de tanta espera, seu perfume nem seu canto era o mesmo. Guardou os sonhos num lugar desconhecido, para que se um dia, o poeta volte, ela não lembre, nem conte sobre seus sonhos.
Emanuelle Freitas
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