Scliar não nasceu escrevendo, nem Martha e nem Letícia, nem Assis Brasil, nem mesmo Quintana ou Veríssimo. Ninguém nasce escrevendo ou descobre no hospital que tem um ‘dom’ como estes. Sim, uso e afirmo reafirmando eu é um dom, porque não é tão simples sentir e escrever, ou não sentir e ver e escrever, nem sonhar e escrever. Isso é coisa de alma, que muda, conforta, acalma, faz com que as pessoas se aclamem ao ler o determinado assunto que aborda, no texto, crônica ou poesia. E é por isso que mesmo sabendo reconhecer erros, ou certos assuntos não tão legais assim de se abordar, não gostamos muito de ouvir um palpite irônico sobre o que escrever. Mesmo o poeta tendo um tema, um assunto definido para se referir, a alma pede inspiração, precisa de energia, entusiasmo. Eu, não nasci escrevendo, e até hoje, não sou boa nisso, escrevo o que vivo e sinto, porque eu gosto, e porque me traz uma calma pro coração, que eu nem sei explicar. Eu conto contos, de uma moça na janela, de um homem na calçada em frente, de uma menina com força nos cabelos, de outra que encanta as cigarras. Eu escrevi sobre uma menina do laço de fita, sobre os amores de outono, sobre um galpão, ou sobre um violeiro. Sobre uma história que já existe, ou sobre uma que inventei. Escrever é o que eu gosto, independente das circunstancias ou obtaculos. E quer saber, é muito fácil dizer, ‘escreve sobre...’. Experimenta pegar uma caneta e escrever a moda antiga, numa folha qualquer, o que tu sente ou sonhou na noite passada. Se resolver com amor, não precisa falar, a gente percebe de longe, a magia que tem quando a palavra e contada com amor. Quem sabe assim, aprendes a não criticar.!
P.S para alguém, que não sabe nem o que é um conto,
mas que ousou tocar em um poeta.!
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