sábado, 12 de fevereiro de 2011

Diário de Bordo VI

02/02/2011  23:50

Pessoas caminham em direção as ondas, e a única coisa que as ilumina é a luz do luar. É a noite de Iemanjá, a protetora das águas. Os pedidos são feitos na mais encantadora e elogiável fé e devoção. Oferendas são ofertadas ao mar, que se encarrega de fazer a entrega a ela. Dizem que Iemanjá é vaidosa, gosta de ser agradada.
Eu vejo de longe com um certo receio e sem coragem, escrevi algumas coisas, coloquei no bolso da blusa, quem sabe ela não me ajude, nas fantasias e amores que guardo no coração. Finalmente criei coragem, deve ter sido ela, que ao escutar me pensamento, deu um empurrãozinho, verdadeiramente necessário.
Meu vestido longo branco, minhas pérolas tão azuis quanto o mar, o colar do eclipse, meu Tucun de proteção e o meu pensamento, eram as únicas coisas que carregava.
Senti um imediato alivio no coração, sensação confiante de missão cumprida sabe? Fechei os olhos, e o vento de mar misturado a areia e o sal me trouxeram um cheiro irreconhecível. Não era perfume, era um cheiro de corpos, de calores e sentimentos. Subitamente, sorri.
‘venha me beijar, meu doce vampiro ♪ 

Emanuelle Freitas

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