III
Depois de dias a espera de um sorriso, de um palavra ou apenas um olhar.
Ele de cabeça baixa e olhos tristonhos, se aproximou dela, lentamente.
Ela, repentinamente se assustou, não espera tal atitude depois dos últimos dias
Sabia que as coisas estavam complicadas, tanto na vida, como no amor
Ele pediu um abraço, sem ainda não levantar o rosto,
Ela, tristemente, percebeu que um lágrima deslizava seu rosto, e pingava solitária
Na gola de rendas, comprada a tempos, na lua de mel.
Aceitou o abraço, e sentiu que nele existiam pedidos mil,
Sem perceber sorriu, lembrou do primeiro abraço, ao lado da escada.
Ele sem precisar falar, olhou firmemente em seus olhos implorando perdão.
Por não ser mais como era antes, por não trata-la como sempre a tratou
Por subitamente ter deixado para trás todas as juras e noites de amor.
Ela sabia que nunca havia cobrado coisa alguma, era assim, e ele sabia
Então, decidiu esquecer de todos os enganos e dores, que sem querer, ele causou
Queria lembrar do sorriso, do cheiro que fica no roupa, do calor que sentia a cada beijo
Ele a beijou em busca de verdade, a verdade que somente naquele beijo ele encontrava.
Encontrou, sabia que ali ele iria esconder-se de qualquer tristeza, medo ou receio.
Mais uma vez, o leite quente foi preparado, e o olhar voltou a brilhar, no canto daquela sala
Folhas agora estavam sendo pequenas para tantos poemas, histórias.
Aquele pequeno corpo de mulher, outra vez se tornava a mais bela das obras de Deus, somente,
para ele.
Emanuelle Freitas
Simplesmente...lindo!
ResponderExcluirPor um lado, tive que me colocar no papel do personagem. A gente não sabe como agir às vezes, a vida complica, e pedimos abraços mesmo sem levantarmos o rosto. Que belo texto, Manu! Segue escrevendo sempre assim...
ResponderExcluirBeijos
Muito lindo o texto, Manu! De verdade...
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