Buenas, esta crônica foi postada pela primeira vez em outubro de 2010, e hoje decidi coloca-lá novamente, para tentar fazer uma pequena e singela homenagem, a uma pessoa que amo muito. Na ultima semana minha avó, foi hospitalizada com uma pequena infecção nos pulmões, e hoje está na UTI do Hospital São Francisco de Paula (Pelotas), sendo monitorada por excelentes médicos. Sei que as coisas não estão fáceis, mas acredito na vontade dela de ficar boa.
ANTIGAMENTE
Hoje, diferente dos outros dias, me peguei lembrando da infância, mas aquelas lembranças enroladas com saudade. O tempo amanheceu feio, escuro, quase chovendo, e eu lembrei das inúmeras tardes que minha responsabilidade era apenas estudar. Todos os dias de chuva, com charme e denguinho, fazendo um beicinho pra mãe ou pro pai, eu conseguia inverter as situações e faltar a aula. E a programação era certa. Bolo e pipoca na casa da vó, filmezinho com a mãe, ou passei para ver o ‘grande’ movimento na praia com o pai. Naquele tempo, eu ainda era filha única, e todos os carinhos eram reservados a princesinha da casa.
Me permiti perceber o quanto incrível são essas sensações, e o quanto nós não valorizamos estas atitudes, estes tempos e momentos dedicados a nós, com o maior e mais verdadeiro amor. Depois que a gente ‘cresce’, a gente percebe que falta faz um carinho assim. A gente percebe o quão diferente seria se pudéssemos nos desligar do trabalho, da vida pessoal, da escola, pra repetir estes momentos. Percebemos a importância que tem nas nossas vidas cada gesto e cada atitude. A vó que mora longe, a outra vó que já não pode se dedicar só pra gente, os vôs que nos deixaram e que nos guiam lá do céu. A mãe e o pai, que tem mais duas mocinhas na volta, pra dedicar todas estas coisas também.
Agora nos resta recordar e preservar estas lembranças, pois um dia vai ser a nossa vez de repeti-las, com os filhos, os netos ou os sobrinhos. Vale hoje, manter em nossos pensamentos, que todas estas lembranças se incluem no nosso crescimento, no amadurecimento pessoal de cada um. Foi o bolinho de chuva, foi o café com leite condensado, foi a ‘cueca’ frita.. Foi um carinho, e é o amor!
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