segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Violeiro de Estrada

Um, dois ou três dias na mesma rotina
Estrada de chão, poeira ao vento
Verde e casa, e casa e verde,
Nada mais alem de histórias

Cada lugar uma família
E em cada família mil segredos.
No meio do nada surge um olhar
E um mistério no meio dos dedos

Uns 70 anos aparentava
De canções e poesias.
Um olhar distante e surpreso
Perdido no desejo do violeiro

O olhar era fixo, e ele, imóvel
Mergulhado no sonho de ser um artista
E a dor pelo sucesso, ter um dia fugido
E jamais ajudá-lo a ser conhecido

Nada mais a contar, o mistério eu guardei,
Pra contar em poesia, a história de um homem
Que jamais desistiu, de mostrar ao seu mundo
A magia que tinha, em ser um violeiro.

Emanuelle Freitas

Nenhum comentário:

Postar um comentário