Um, dois ou três dias na mesma rotina
Estrada de chão, poeira ao vento
Verde e casa, e casa e verde,
Nada mais alem de histórias
Cada lugar uma família
E em cada família mil segredos.
No meio do nada surge um olhar
E um mistério no meio dos dedos
Uns 70 anos aparentava
De canções e poesias.
Um olhar distante e surpreso
Perdido no desejo do violeiro
O olhar era fixo, e ele, imóvel
Mergulhado no sonho de ser um artista
E a dor pelo sucesso, ter um dia fugido
E jamais ajudá-lo a ser conhecido
Nada mais a contar, o mistério eu guardei,
Pra contar em poesia, a história de um homem
Que jamais desistiu, de mostrar ao seu mundo
A magia que tinha, em ser um violeiro.
Emanuelle Freitas
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