quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Cheiro da Saudade

Ele trazia nos olhos uma sinceridade que exalava a todos que por ele passavam. O coração era bom, e sempre se preocupava com o coração dos outros. Ele era um amante da vida, um amante do verde, das coisas da vida e do tempo. Com esse homem correto, aprendi grandes lições, de respeito, amor e justiça. Dizia que um homem justo, se conhecia ao longe, e não era preciso falar.  Sabia das coisas da chuva e dos temporais, e contava sempre, para a lembrança não falhar. Era bonito e charmoso, por dentro e por fora, contava também que o destino pregava peças aos montes, e que quase ninguém podia adivinhar. Numa destas este que pregava as peças o levou, sem avisar ou contar a ninguém, como ele dizia. No meu coração de menina, ficou apenas lembranças, e as saudades. Dos dias que passamos juntos passeando pelo campo, das tardes intermináveis em baixo da figueira contando os maracujás. Saudade das brincadeiras e do carinho, das risadas e das bobagens que a gente fazia. Num dia destes, estava deitada na varanda, descansando a mente e os olhos um pouco, olhei pro céu, fechei meus olhos e num sopro do vento senti o cheiro mais marcante que eu já conheci, em toda minha vida. Senti o cheiro do meu avô, o meu mestre, aquele que eu abraçava e deitava no ombro para dormir mesmo depois de grande. Era um cheiro diferente, parecido com o cheiro do meu outro avô, senti saudades então dos dois. E das coisas que eu aprendi. Percebi que eu havia crescido e que este maldito destino já havia os levado a tempos, tempo demais, que impossibilitava a minha tentativa de traçar outros caminhos. Eu não posso mais trazê-los de volta, e não posso mais deitar no braço, nem pescar, nem contar maracujás mais. E o que me resta apenas é guardar no coração a lembrança e o amor, que eu sempre tive e sei que eles deixaram para mim.


para todos que sentem saudade do misterioso cheiro de avô

Emanuelle Freitas

Equilibrista Pescador


Gostava das coisas simples
Dos dias e das chuvas
Sentava em volta do fogo
E cantarolava modinhas


Não entendia sobre amores
Tão pouco sobre sentimentos
Sabia apenas que o destino vinha
No embalo do vento.


E para as estrelas contava
Os segredos do mundo
Perdidos em seus olhos
Ou no sonho de vagabundo.


Tinha a idade das ondas
Com a alegria nos olhos
De ser nesta vida, apenas
Um Equilibrista Pescador.


Emanuelle Freitas

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Asas de Borboleta

Sobre à borboleta que voa
Caem confetes de paixão
Medidas que o tempo não esquece
E que permanecem no coração.

Da janela daquela prédio
Pude ver tamanha beleza
Encantando em sutileza
A magia do amor

Colorida, multicolor
Mulher ou criatura irreal
Conquistadora aos detalhes
De um saber quase incomum.

É segredo e é magia
De toda simpatia
Que intercala aos mistérios.
Oh, que bela a borboleta!

Emanuelle Freitas

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Liberdade na vida, é ter um amor para se prender. (F. Carpinejar)

Bom Final de Semana.

'E que os amores te soprem fantasias e desejos surreais.'

Carpe Diem.

O Mistério da Aquarela

Descobri por estas ruas
Que meus sonhos não são impossíveis
Existem apenas pequenos pedidos
Muito contraditórios e um tanto confusos.

Percebi por aqueles caminhos
Que nem eu nem tu erramos
Foi o tempo e os tantos perdões
Que invadiram a alma e poluíram a mente.

Eu vi por aqueles ‘senderos’
Que toda verdade bem dita é poema
E que todo nobreza eu encontro apenas
No sorriso do sábio que ousou me ensinar

Encontrei por fim por estes caminhos
Aquarelas imortais no pensamento
Que revivem em distintos momentos
O meu e o teu sonhar.

Emanuelle Freitas

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

'Da Mesma Raíz nos indicados ao prêmio Açorianos de Música

Evento homenageia as melhores produções do Rio Grande do Sul, em abril

Na sua 20ª edição, o Prêmio Açorianos de Música, premiará os melhores de 2010 nas categorias Disco, DVD do Ano, Espetáculo do Ano, Melhor Disco Infantil, Revelação, Arranjador, Produtor Musical, Produtor Executivo, Projeto Gráfico, Menção Especial e Homenageado do Ano. A cerimônia de entrega está marcada para 26 de abril no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre.

O Prêmio Açorianos de Música existe desde 1990, sempre prestigiando as melhores produções do Rio Grande do Sul.

O Cd Da mesma raiz, com Marco Aurélio Vasconcellos interpretando canções de Martim César, Paulo Timm e Alessandro Gonçalves,  recebeu quatro indicações  na categoria Regional.  Martim César por melhor compositor, Marco Aurélio Vasconcellos por melhor intérprete, Carlitos Magallanes por melhor instrumentista e  Da mesma raiz por melhor CD.

REGIONAL

Compositor
Érlon Péricles por "Brinco de Princesa" de Shana Muller
Francisco Luiz por "As Milongas do Chico Y Otras Cositas Más...!"
Gujo Teixeira por "Gauchada"
Martin César por "Da Mesma Raiz" de Marco Aurélio Vasconcellos
Robison Boeira por "Alma Chamamecera"

Intérprete
Ernesto Fagundes por "Origens"
Juliana Spanevello por "Pampa e Flor"
Marco Aurélio Vasconcellos por "Da Mesma Raiz"
Pedro Ortaça por "De Igual pra Igual"
Shana Muller por "Brinco de Princesa"

Instrumentista
Carlitos Magallanes por "Da Mesma Raiz" de Marco Aurélio Vasconcellos
Edilberto Bérgamo por "Cantiga Para O Meu Chão" de César oliveira e Rogério Melo
Gabriel Ortaça por "Herança Missioneira"
Paulinho Fagundes por "Origens" de Ernesto Fagundes
Robison Boeira por "Alma Chamamecera"

Disco
"Brinco de Princesa" de Shana Muller
"Da Mesma Raiz" de Marco Aurélio Vasconcellos
"Gauchada" de Gujo Teixeira
"Pampa e Flor" de Juliana Spanevello
"Pé na Estribo" de Cristiano Quevedo



          

O Pedido de Hoje

Queria hoje nada mais que sossego
E teu beijo doce para acalmar anseios
E mistérios postados pelos mundos
Que eu nunca ousei conhecer

Queria hoje apenas um sonho
De menina, moça ou de mulher
Dos que eu sonhei a tempos sem medida
E hoje passam ao meu lado devagar

Queria hoje encontrar no teu olhar
Um pouco do brilho que tenho no meu
E saber que assim seremos um
Até o dia em que o destino quiser

Queria hoje me encostar no teu ombro
E em silencio adormecer com teu feitiço
Me encantar e deliciar no teu sorriso
Mescla de mel e flor de laranjeira

Queria hoje entender estes mistérios
Que formam livros e poesias
E unir teus laços aos meus
Para libertar este agonia que me invade

Queria hoje ser apenas tua
De alma, corpo e canção
Salvar na tua alma meu medo
E esconde-lo pelo trilho dos tempos.

Queria hoje por fim, saber que de mim
Tudo para ti é verdade e saudade
E que toda essa liberdade que sentes por ai,
E o meu sorriso, sorrindo para ti.

Emanuelle Freitas

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pois tudo que ofereço, é meu calor, meu endereço ♪

Tudo o que te ofereço


Eu te ofereço todo um universo
que deixei em versos no chão das estradas...
e alguma saudade que levo comigo
e que em poemas digo pelas madrugadas...
 
Eu te ofereço um sol que eu procuro,
mais além do escuro das noites vazias...
um galope a dois sob a luz da lua,
e uma lembrança tua em todos meus dias...
 
Eu te ofereço pouco mais que nada...
o que aprendi na estrada que me trouxe aqui
Um destino incerto... mas sempre ao teu lado!
Um coração marcado pra viver por ti

Eu te ofereço uma canção pra sempre
que seja a vertente de um sonhar sem fim
e uns poemas tortos que componho às vezes
pra nunca esqueceres de lembrar de mim...

Eu te ofereço o que pintei num sonho,
com lábios risonhos que eram tão meus...
uma palavra amiga que sirva de alento
pra não mais o tempo se vestir de adeus...
Eu te ofereço o que não se vende
o que não tem preço pois me vale a vida...
minha alma inteira em cada segundo
até que um dia o mundo me cobre a partida...!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Segredo da Tua Noite

Eu ousei roubar um segundo da noite
Para acariciar teu corpo
Unir meu beijo no teu beijo
E sorrir, simplesmente por estar ali contigo

A lua inundou o espaço
Que não foi ocupado por nós
E um perfume de campo molhado
Nos tocou,  d e l i c a d a m e n t e

Estavas na minha frente
E meus olhos não tinham outra direção
Nada mais eu queria para aquele momento
Estávamos intactos para o amor

Libertei as minhas angustias
Para que nada mais invadisse minha alma
Queria somente teu sorriso, teu olhos
Eu só queria te amar.

E ao olhar para o céu
As estrelas dançavam em perfeita sintonia
Comemoravam com magia
A alegria de nós dois

Entreguei um ultimo beijo
Daqueles de jamais esquecer
‘Instantes’ mudaram talvez uma vida inteira
E mostraram que um sonho pode ser real 
Mais uma vez, em silencio, eu te amei.

Emanuelle Freitas

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Aquela Dor no Coração

Não era para ser assim.
Um olhar que eu não sonhei perder
Eu falei, ou nem tentei resolver
Era um misterio para o meu coração
Foi uma dor que eu não imaginei sentir.
Chorei!

Emanuelle Freitas

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Diário de Bordo VI

02/02/2011  23:50

Pessoas caminham em direção as ondas, e a única coisa que as ilumina é a luz do luar. É a noite de Iemanjá, a protetora das águas. Os pedidos são feitos na mais encantadora e elogiável fé e devoção. Oferendas são ofertadas ao mar, que se encarrega de fazer a entrega a ela. Dizem que Iemanjá é vaidosa, gosta de ser agradada.
Eu vejo de longe com um certo receio e sem coragem, escrevi algumas coisas, coloquei no bolso da blusa, quem sabe ela não me ajude, nas fantasias e amores que guardo no coração. Finalmente criei coragem, deve ter sido ela, que ao escutar me pensamento, deu um empurrãozinho, verdadeiramente necessário.
Meu vestido longo branco, minhas pérolas tão azuis quanto o mar, o colar do eclipse, meu Tucun de proteção e o meu pensamento, eram as únicas coisas que carregava.
Senti um imediato alivio no coração, sensação confiante de missão cumprida sabe? Fechei os olhos, e o vento de mar misturado a areia e o sal me trouxeram um cheiro irreconhecível. Não era perfume, era um cheiro de corpos, de calores e sentimentos. Subitamente, sorri.
‘venha me beijar, meu doce vampiro ♪ 

Emanuelle Freitas

Chuva de Fantasia

Deixei a chuva que caia molhar meu corpo
Lavando a alma, purificando o ser
Quase invisível em mim
Tirando tristezas e magoas
Perfumando para assim estar

Ela deslizou pelo meu corpo
Invertendo sentidos, libertando magias
Ousou recriar minha utopia, que minha
Era real e verdadeira a todo instante

Senti um ‘arrepio quente’, gelando o resto de pele
Que não foi agraciada por aquela sensação
De vez levara pesadelos e trazia perfeições
Para um dia, tão normal e irreal, quanto eu.

Emanuelle Freitas

Do Alto da Montanha de Chocolates

Bom fim de semana ... e que os amores nos levem ao sabor das correntezas *


* de final de tarde

CARPE DIEM

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Brilho que Encanta


a Jaguarão
As nuvens bailavam na melodia
De um dia tão qualquer como os outros
Que mescla magia e a ironia
Do coração que quisera ter

De pouco em pouco a espera se encurta
E o brilho do rio inunda os meus olhos

Ele me espera, há tempos espera
Pois na minha alma carrego lembranças
Para enfim comporem
A poesia das águas que correm ali

Ele divide sonho de realidade
Guarda segredos e mistérios
Aos que se encontram escondidos
Para viverem e sentirem o amor

De pouco em pouco a espera se encurta
E o brilho do rio inunda os meus olhos

A riqueza vem do sorriso
De um povo cheio de história
Que guarda bem na memória
As verdades sobre a enfermaria

E os arcos da ponte
Mostram a bela sintonia
E espalham a alegria
Aos que passam por ali

O céu ofuscou o sorriso
Da história mais linda que vivera
Era a noite chegando de mansinho
Para tocar com delicadeza e carinho
Os sonhos da moça pequena.


Emanuelle Freitas
P.S  cidade que, segundo um amigo
 em outra vida eu vivi,
 me trás uma paz, que nem eu
consigo compreender.
Ela é pura magia!

Instante na Janela

Mudei a janela de todos os meus encantos
Agora dela eu vejo a lagoa
Eu vejo campos e sonhos e verdades
Eu vejo história por entre os telhados do resto de cidade.
É liberdade, vejo momentos.
O sol que brilha lá fora radia e encanta.
Desperta desejos inimagináveis.
Agora, diante da luz eu sorri.
Iluminei o meu rosto e pensei em ti.

Emanuelle Freitas

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A Espera que O Tempo Não Entende

Um leve sopro lhe chegou ao corpo, um vento quente porém gelado, lembrando o outono e seu clima misterioso. Algo lhe chegara aos ouvidos e ao coração junto com este vento. Um sinal, um aviso, quem sabe o que poderia ser? O vento lhe trouxe sinais, recados e promessas. Sinais de alguém retornando pro seu coração, recados de alguém que um dia ela amou com toda a sua vontade, promessas que aquele coração já não acredita mais, pois sabe que foram feitas outras vezes e não foram cumpridas, mas mesmo assim ainda tem um pouco de confiança. Mesmo sabendo disto, saiu para se arrumar, deveria estar bonita para espera-lo, perfume, cabelos bem penteados, a melhor roupa. Ele vinha de longe, esteve lá servindo à própria verdade. Ela foi para a cadeira de balanço, que ficava no jardim, em frente a bela casa, que havia construído conforme sonhara. A espera durava duas décadas, tempo que infelizmente a deixou ali, intacta a vida, aos desejos. Não tivera filhos, e isso magoava seu coração. Ele prometera viajar com ela após o retorno. Ela esperava também com as malas prontas, não poderiam mais perder tempo, guardava para ele uma mocidade que ela não encontrava mais todos os dias nela mesma. O sol dormiu, a cadeira parou de balançar, e ela ficou ali, sem dormir, a sorrir, o esperando, mais uma vez.


 Ela havia prometido que esperaria o tempo necessário para reencontrá-lo, 
ele acreditou no ela lhe disse.
Os dois apenas se amavam em sorrisos e em sonhos.
O reencontro aconteceu, quando menos esperavam, ela não sabia que encontraria
 a pessoa que ela tanto amou. 


Emanuelle Freitas
para  S. R.

Revista Yaih - A Vibe do Momento

É a sua vez!
Por Emanuelle Freitas

Esse verão só nos traz novidades e cativa cada vez mais a usufruir da liberdade, que o clima rotineiro possui. Os dias são diferentes, os horários também, e mudam e se encaixam de acordo com a nossa vontade, até mesmo os costumeiros encontros com a galera mudam, sem perceber. Se a gente conta, ninguém acredita que hoje não se esperam mais pelos finais de semana por causa das festas. O que aconteceu com essa rígida e conservadora idéia? Felizmente, acabou. A vibe do momento é curtir e aproveitar cada minuto da semana, dos meses e principalmente do verão, chega de cronograma. A galera aproveita, guarda o passado na mochila e o esquece, por um tempo indeterminado. Ninguém dorme cedo, tem hora certa para almoço ou janta, tudo acontece e a gente, curte.
 Para inovar, percebem que a praia, é o melhor lugar para compartilhar sorrisos e alegrias. Você já percebeu o grande numero de pessoas que invadem as praias na madrugada, e melhor, procurando nada além do que paz, sossego, um grupo de amigos e uma conversa legal? Esqueceram as festas completamente e os intermináveis minutos em frente ao espelho escolhendo a melhor roupa, o melhor calçado. Ou na indecisão, nesta festa ou na outra, em qual eu posso encontrar alguém legal! Perceberam enfim, o valor que o ar, a onda que bate, o vento que sopra, o sorriso que causa e a amizade que fortalece tem. Ela é de todos e para todos. Hoje descobriram que podem encontrar na praia, o lugar perfeito que sempre sonharam. Ficam por lá desde a tarde, conversando, trocando informações, e até mesmo olhares, esquecem os relógios. O pôr-do-sol desperta desejos indescritíveis e acaba incentivando a permanência das pessoas até o outro dia, para então ver o nascer do sol encantador. E isso é incrível!
E o mais interessante disso tudo, é que não tem idade certa, todos aproveitam da sua forma, com sua intensidade e valorizando os seus sentimentos e emoções. Não que as festas tenham acabado, mas acho que os horários se modificaram, e talvez a quantidade de tempo que as pessoas ficam nelas, mudou também. E isso é bom, valoriza todos os gostos. Quem diria que um dia seriamos capazes de inovar desta forma? O violão que antes era só do barzinho, a praia que era freqüentada somente durante o dia, a diversão que não era sentida assim, em qualquer lugar.
E assim as coisas acontecem, basta você querer. O verão, só está começando, e começando com muita energia boa pra você usufruir. Não espere convites, aproveite cada segundo, eles são únicos e você pode transformá-los em inesquecíveis. Carregue o violão, o chimarrão, convide os amigos. É a sua vez! 

Texto publicado na Revista YAIH? 
23º Edição - Ano 2
Fevereiro de 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Do alto da montanha de chocolates





AMOR, é quando você tem todos os motivos
 para desistir de alguém, e não desiste.
                        (William Shakespeare)

Diário de Bordo V

 01/02/2011 18:27

Chegamos a pouco da praia, a brincadeira foi divertidíssima. Sol, frio e um vento pra lá de assustador. O pai, o tio e o Pedrinho, haviam ido pescar. A praia estava vazia, éramos os únicos donos, nós em um lado, e a uns quantos quilômetros um pontinho no horizonte, os homens da pesca.
Agora, o ‘Toquinho’ amigo fronteiriço do meu pai. Ele mora com a mãe, em Santa Vitória, Dona Helena, uma encantadora senhora, que todas as vezes que vou visitá-la insiste para que eu assista a novela ao seu lado.
O pai preparou um ‘Camarão a Baiana’, especialidades do coroa.  Ficou delicioso, divino, melhor ainda, como diriam nossos vizinhos ‘ESTUPENDO, ESTUPENDO!’.
Noite em homenagem a Iemanjá.

Emanuelle Freitas

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A Moça da Janela Ao Lado VI

      Meu amor por aquela moça já não cabe no peito, é algo que eu e meu coração e todo o meu corpo, não conseguimos explicar, me faz tão bem! Ela é minha manhã, minha tarde e toda minha noite, ela é o meu dia, com sol ou com frio. Não vejo mais se quer um motivo para não olhar ela, naquela janela, dos meus sonhos e dos meus encantos, na janela onde eu a conheci, onde por ela eu me encantei, e como bobo, loucamente me apaixonei.
       Faz dias que não a vejo, esteve a trabalha na Itália, realizando um grande sonho. Hoje, caiu uma chuva de verão por aqui, e quando eu olhei para a janela, lembrando do dia de chuva que eu a vi chorar pela primeira vez, enxerguei o seu rosto e toda aquela sintonia que ela tinha junto aos raios de sol. O arco-iris que surgiu quando o sol voltou pro seu lugar no céu, eu comparei ao rosto dela, ao corpo, e a cada detalhe daquela beleza, que eu não consigo esquecer.
      Era uma alegria infantil que eu sentia, como aquelas de criança, de menino quando enxerga a menina da sala do lado, por quem ele suspira de amores. Ela voltou, voltou trazendo a poesia para os meus olhos. Acenou, com a delicadeza que sempre tivera, e que me encanta, me amolece cada vez mais.
       Acho graça da minha forma de ser, o homem que nunca acreditou em grandes e verdadeiros amores, hoje vive e sente um amor irreal, destes que nem nos livros os autores colocam mais. Ah, essa moça que eu amo, mas que quase me mata pela discrição quem tem. Prefere não demonstrar sentimentos, contar sobre os amores passados, falar coisas no meu ouvido, diz ter medo de sofrer. Direito total dela, mas medo que eu a faça sofrer, logo eu que tanto já sofri por ela, e por seus mistérios. Não sei fazer mal a nenhum bicho nojento, imaginem a ela, que eu amo e quero ter na minha vida, todos os dias, cada vez mais e mais.

Emanuelle Freitas

A Saudade que o Tempo não Cura

Hoje, conversando com uma amiga, consegui confirmar minha idéia e opinião sobre saudade sem cura. Geralmente nos relacionamentos nos preocupações muito com a imagem que vamos transmitir a família do amado ou amada. Com isso, acabamos mesmo sem querer nos apegando a eles ou obtendo um carinho que não imaginávamos e nem queríamos. E isso é o que mais faz sofrer.
Não é um ou outro que comenta que sente saudades do sogro, da sogra ou do cunhado, que o irmão do namorado era o melhor amigo, que a avó da namorada era um amor. Infelizmente quando nos afastamos do antigo amor, acabamos nos afastando sim, daquela vasta e fiel amizade que construímos com muitos ou poucos momentos de descontração e troca de carinhos. E algo delicado e muito difícil, é o convívio depois disso tudo. Na nossa cabeça, é como se nunca mais aquelas pessoas fossem se inserir de alguma forma no nosso cotidiano como antes.
É mais difícil ainda retornar ao vinculo familiar que se fazia parte, é difícil se sentir a vontade em retornar naquela casa. É como se um muro de cimento fosse construído impedindo a passagem. Mas infelizmente, são coisas da vida.
Ter medo ou tomar cuidado em relação a estes apegos? Não sei sinceramente se resolve. O medo eu acho necessário, mesmo que muitos consigam ou tentem me provar o contrário. Acho sim que o medo é algo incrivelmente fundamental em qualquer relação de amor e fidelidade. Mas não apenas se deve temer pelas coisa ruins, e não necessariamente o medo deve assustar.
É romântico ter medo de perder ou de sofrer de tanto amor, deve-se sim ter medo de amar demais, de gostar ou cuidar tanto. Medo de não ser amado. Mas se olhares pelo lado bom, o medo sempre traz felicidade.
E sobre as saudades, esses amores que vem anexados aos namorados, são sim, a unica saudade que nunca tem cura.




P.S  à Cle, que sente a mesma dor e 
os mesmos medos que eu, 
e que me escuta em silencio e
 sorri para secar meu choro.

Emanuelle Freitas

Do alto da montanha de chocolates

'Depois dos desamores
Aprendi que te amando
Amo a mim mesma
Sem perceber, duas vezes.'



A Tua Moça da Janela

Diário de Bordo IV

01/02/2011 14:34


De volta ao Hermena, depois de umas singelas porem valiosas compras. As crianças brincam em silencio com o que ganharam. Pela baixa valorização do peso, compramos coisas com valores super acessíveis
Fagner toca no celular, eu fecho os olhos e lembro do que o meu coração esta sentindo falta. Mais tarde aqui pela praia, os fiéis homenageiam Iemanjá. A estrutura já esta toda montada em frente a imagem da mãe das águas, que fica bem no comecinho da praia.
É hora do descanso, 'Os Aparados' me espera.

Emanuelle Freitas

Diário de Bordo III

01/02/2011 08:50

Estamos na estrada a caminho do Chuí. Os vidros do carro estão fechados, mas lá fora um vento ‘nordestão’ fez a maré subir, e provavelmente, metade da praia perdeu o lugar. Segundo os moradores daqui, este vento traz peixe, e alegrou os olhos do pai.
Durante a noite, alguns elogiáveis espetáculos foram dados pelos pequenos e por isso eu não consegui dormir muito bem não. Eles resolveram fazer uma grande noite do pijama, os quatro. Mas quem cuida? Imaginem, sobrou quem... a Manú que tem paciência. A Ju roubou meu lençol e eu ainda sinto os joelhos do Pedro cravando nas minhas costas.
Algumas casas na estrada se misturam ao verde das plantações, e isso é algo eu me encanta profundamente.
Faz frio, mas me aqueço ao lembrar que eu tive um sonho bom, só pela minha saudade. No carro, outra coisa nos aquece é a musica que toca, Vinho tinto Sob a Flor.
Primeira vez que saímos de São Lourenço uns bons dias fora de casa em família. Essa sensação de aproximação me traz felicidade, vejo todos com um sorriso lindo no rosto, esquecendo todas as preocupações diárias.
Agora eu vou aproveitar a viagem, eu sinto uma empolgação com esta coisa de estar na estrada e aguardar ansiosa pelo destino final. Acredito que viagens me tragam magias e fantasias que eu não encontro em qualquer lugar, coisas que na vida de vez em quando, devemos viver.
No rádio agora: ‘Eu gosto tanto de você que até prefiro esconder, deixa assim ficar subtendido, como uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer.’

Carpe Diem

Emanuelle Freitas

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Diário de Bordo II

31/01/2011 20:32

Faz pouco que uma forte chuva de verão passou, e meus gurizinhos acabaram de chegar, agora sim a turma está completa. No meio da tarde fomos a praia, o sol já havia se escondido e o tempo começava a esfriar.
A sensação do mar te carregando junto com as onda assusta, a tempestade de areia, a maré que sobe em uma velocidade que a gente não espera. A infinidade de conchas que enchem os olhos, e gente, gente igual a gente, que está lá pelos mesmos motivos, um deles, aproveitar.
O mar estava bom, segundo os surfistas que conheci. Ajudei as gurias a juntar um tipo de marisco bem interessante, e nojento também.
Amanhã pela manhã vamos ao Chuí, pela praia. Depois praia e um almoço recheado de coisas boas.
Eduardo! Não consigo esquecer a saudade, que invade meu corpo e toma conta de mim. Abri o livro que eu trouxe, e vi o Cravo que ele me deu em um casamento que fomos, apertou meu peito, que saudade.
Agora na TV esta passando uma reportagem sobre os estragos nos museus e nas Pirâmides do Egito, que são considerados patrimônio da humanidade. Saques e assaltos estão preocupando, duas múmias encontradas em junto a Tutancâmon foram roubadas. Ah, John Berry faleceu aos 77 anos. Ele foi responsável por sete trilhas do filme 007 sete e também pelo arranjo principal do filme. Entre outros sucessos, Dança com Lobos, onde recebeu 11 indicações ao OSCAR.

Vinte duas horas e vinte e dois minutos, acabei de voltar da praia. Fomos levar os guris para conhecer o mar. Encontramos mais conchas e dois ou três peixes que vieram com a maré, era lindo o olhinho deles brilhando. Falei com o Duda, eu havia acabado de escrever o nome dele na areia, não consegui fotografar, espero que amanhã esteja ainda por lá.
Foi bom o dia, foi bom ver a fúria do mar, foi bom sentir o cheiro de maresia, foi boa a chuva que caiu, foi incrível ver todos reunidos. Foi bom poder falar contigo Eduardo como sempre, me fez bem. Boa noite.

Emanuelle Freitas

Segredo na Revista Seja

Conheçam:  http://revista-seja.blogspot.com/

Obrigada Daniel, pelo convite e pela oportunidade de divulgar a minha poesia.

Parabéns pelo blog.

Diário de Bordo (poesia)

Jogo da Saudade

Liberei as tristezas
E as entreguei ao mar
Que carrega, que move
E guarda histórias

Joguei meu sorriso
A paz que o sol dispõe
A energia que o vento traz
E os amores que eu encontrei


Sorri, para os dias e noites
Para as estrelas no céu
Encontrei a verdade
Que meu coração buscou

A saudade é precisa
Pois justifica meus amores
Revela mistérios nunca antes vividos
E promove encontros, especiais.

Emanuelle Freitas

Diário de Bordo I


31/01/2011 14:45

O sol aquece os corações e corpos lá fora. O vento do mar entra na casa e ocupa o merecido e devido lugar. Férias, é o motivo pela qual estamos aqui, Hermenegildo, Santa Vitoria do palmar, a verdadeira maior e melhor praia do mundo. A casa é grande, capaz de servir aconchegar todos nós.
A viajem foi incrível, na verdade um passeio em família tem lá o seu valor. Saímos de São Lourenço às 5:20, e a cerração, mesmo neste clima de verão, pode ser vista ao longe e por entre os carros. Pelotas, Rio Grande, o porto, o Mercado Publico, Santa Vitória e a cultura. Finalmente o ‘Hermena’, a praia, o mar, a imensidão, a infinidade incrivelmente maravilhosa.
O pai, a mãe e a Giullia, resolveram dormir logo após o almoço. Eu e a Luize, tentamos, mas não conseguimos, ficamos pela sala assistindo um pouco de TV. Ela fica me olhando de cantinho, com carinha de quem quer alguma coisa, e nem precisa falar.
No final da tarde, chegam o João, o Pedro, a Tia Valéria e o Tio Lotário, mas não é bem uma preocupação que impede meu sono. Deixei uma parte do meu coração para trás. ‘Serão apenas três dias’, penso, mas aí lembro: ‘São três dias’. Eu já liguei para avisar sobre o sucesso da viajem, e sorri, simplesmente por ouvir a voz.
O Diário de Bordo, será imprescindível para a viajem, vou contar bem detalhadamente sobre as principais coisas que vamos fazer, vai ser divertido. Na verdade, já é.

Emanuelle Freitas 

De volta.

Segunda, terça e quarta de férias, blog sem poesia e nem novidade.


Hoje volto com tudo, o Diário de Bordo vem divertir com 6 capítulos e mais alguns poemas e contos 
que o mar do Hermena me inspiraram a escrever.


CARPE DIEM.